O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) caracteriza-se pelo comprometimento, em diferentes níveis, na comunicação social e pelo comportamento restritivo e repetitivo.
Mas o que seria isso? Crianças que apresentam:
· dificuldades na comunicação social verbal e não verbal;
· dificuldade em iniciar interações com outras pessoas;
· dão respostas atípicas a interação que outros iniciam;
· interesse reduzido por interações sociais;
· comportamento rígido, inflexível, dificuldade em lidar com mudanças;
· dificuldade em trocar de atividade ou mudar o foco;
· dificuldade em lidar com os estímulos sensoriais do ambiente ou apresenta interesse incomum por esses estímulos.
É importante saber que essas características podem se manifestar de diferentes formas, dependendo da gravidade da condição, do nível de desenvolvimento e da idade da criança. Por isso é usado o termo “Espectro”.
Os estudos atuais sobre TEA apontam que, quanto antes inicia-se as intervenções especializadas, melhor é o prognóstico da criança.
Mas para que isso aconteça, precisamos que mais pessoas estejam atentas aos sinais de alerta e as crianças sejam acompanhadas. Alguns pesquisadores afirmam que é possível observar sinais de alerta a partir de 6 meses de vida, outros dizem que até antes, aos 3 meses.
É importante pensar que: Sinal de Alerta não é Diagnóstico de TEA!!!
Ao observar alguns desses sinais, é importante conversar com o Pediatra, Neuropediatra, Psiquiatra Infantil e/ou Terapeutas especializados em desenvolvimento infantil.
E por que é importante observar sinais de alerta de atrasos no desenvolvimento infantil?
Porque os estudos apontam que quanto mais rápido iniciamos as intervenções apropriadas, melhores são os resultados e o prognóstico.
Isso acontece em função da neuroplastidade, que é, basicamente, a capacidade do cérebro de moldar-se e adaptar-se. Nos primeiros anos de vida da criança, o cérebro está fazendo inúmeras conexões, favorecendo o aprendizado.
Por isso é tão importante procurar os profissionais especializados e que atuam com desenvolvimento infantil. Lembrando, ainda, que há evidências de que abordagens e modelos centrados na família, apresentam maior resultado.
Texto: Izabela Alves
Terapeuta Ocupacional
Certificação Internacional em Integração Sensorial
CREFITO4/13976TO
@terapiaocupacional.uberaba
Referências:
DSM-5 Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 2014.
ZWAIGENBAUM, L.; BRIAN, J.A.; IP, A. Early detection for autism spectrum disorder in young children. Paediatrics & Child Health, 2019, p.424-432